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O que é um problema?

O que é um problema?

A causa de um problema é algo real. Tem dimensões pelas quais podemos reconhecê-la e descrevê-la. Deixa traços de suas dimensões no efeito que produz, da mesma forma que um crime ou um assassinato deixa as suas evidências. Baseado nelas é possível se criar um quadro que nos dá uma boa especificação do problema.

Todo problema tem identidade - tem um nome, podemos identificá-lo, classificá-lo quanto ao tipo ou espécie; não importa qual seja o problema, ele tem localização - pode-se colocá-lo em algum lugar no espaço ou em relação a outras coisas; ele tem um tempo - ocorre numa determinada data ou hora, tem uma dimensão, um tamanho; e, o mais importante, somente uma causa poderia produzir aquele problema específico, com aquela identidade, localização, tempo e dimensão. Quando descrevemos o problema nestas dimensões, é possível chegar a única causa capaz de produzir aquele problema.

È mais fácil resolver um problema recente, onde as evidências são fáceis de descrever, do que um problema que existe há muito tempo, é recorrente, onde várias tentativas de solucioná-lo foram implantadas, as informações foram perdidas e habituou-se ao problema, já faz parte do processo. O fato é que quanto mais rápido, em relação ao momento em que aconteceu o problema, identificarmos as evidências, mais fácil é de resolvê-lo.

Para facilitar a análise, podemos organizar e dividir as informações de um problema em quatro dimensões:

O que – descreve o que está com problema e seu respectivo efeito

Onde – descreve a localização geográfica e física do problema

Quando – descreve o momento da ocorrência do problema

Quanto – descreve a dimensão do problema, delimitando o problema

Normalmente, quando analisamos problemas, nos concentramos na descrição do problema, que é o foco da análise - que chamamos de Fatos Observados. Uma técnica que ajuda na busca da causa é delimitar o problema, descrevendo o que não é problema, mas bem poderia - que chamamos de Fatos Comparativos.

Mas por que deveríamos nos preocupar com o que não é problema? Isto parece não ter nada a ver com a análise, mas talvez tenha. Por exemplo, duas canetas, do mesmo modelo, mesma cor, que foram fabricadas hoje. A que foi fabricada na parte da manhã não está escrevendo e a fabricada a tarde está perfeita. Como isto pode ser possível, se foi à mesma máquina que as fabricaram, a mesma matéria prima, a mesma mão de obra. Essa falha só pode ser verdadeira se algo diferente tiver acontecido com a caneta fabricada na manhã ou em relação a ela. Como temos uma caneta (não é) que é idêntica, que não apresenta a mesma falha, conseguimos delimitar a abrangência do problema. Se compararmos os fatos, é possível identificar as diversas diferenças e mudanças ocorridas nas quatro dimensões do problema e identificar as possíveis causas.

Se tivermos um processo estável, controlado e derrepente surge um falha, isso nos leva a crer que algo mudou. Todo problema é provocado por uma mudança, mas nem toda mudança provoca um problema. Toda vez que você muda alguma coisa, você corre o risco de criar novos falhas. Ao tentar solucionar um problema, adotando uma ação, se não formos cuidadosos, poderemos eliminar uma pequena falha, mas criaremos outra maior, porque foi implantada uma mudança.

A causa do problema inesperado sempre estará relacionada a algum tipo de mudança. A mudança pode ser; Na matéria prima com a qual o equipamento está trabalhando, no próprio equipamento, naquilo que faz o equipamento funcionar, num sistema, ou a mudança pode ser no operador. Qualquer que seja a causa da falha, estará relacionada a uma mudança. Diferentes mudanças produzirão diferentes tipos de falhas, cada tipo de mudança introduzida no sistema produz um tipo diferente de efeito.

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